miércoles, 12 de diciembre de 2007

Viagem a Darjeeling

O filme se resume em duas palavras: traveling (sem querer brincar com o título) e casting. Se não fossem exatamente esses três mosqueteiros tudo seria completamente diferente. E, se o movimento de câmera fosse "menos reto", tudo seria muito menos interessante. A química entre os atores é impressionante e a simplicidade dos diálogos e reações deles faz a gente sentir a história muito mais real. O que começa como uma viagem espiritual, em busca do encontro interior e das relações entre eles, acaba virando (depois de analgésicos clandestinos, muito xarope para tosse e um acidente com spray de pimenta) uma aventura por terras desconhecidas, aliada a obrigação de carregar uma enorme bagagem, literal e psíquica, da qual nossos heróis, depois de alguns rituais adaptados, conseguem feliz e excitantemente, se livrar. Que alívio! As cores são lindas e a maneira esdrúxula de ver o mundo daquela família me fez repensar os meus próprios encontros familiares. Mas, mais do que qualquer outra coisa, o filme nos deixa entretidos, é cheio de surpresas e participações especiais que, de acordo com a atmosfera da película, não fazem o menor sentido no primeiro momento. Foi uma surpresa gostosa!