miércoles, 12 de diciembre de 2007

Viagem a Darjeeling

O filme se resume em duas palavras: traveling (sem querer brincar com o título) e casting. Se não fossem exatamente esses três mosqueteiros tudo seria completamente diferente. E, se o movimento de câmera fosse "menos reto", tudo seria muito menos interessante. A química entre os atores é impressionante e a simplicidade dos diálogos e reações deles faz a gente sentir a história muito mais real. O que começa como uma viagem espiritual, em busca do encontro interior e das relações entre eles, acaba virando (depois de analgésicos clandestinos, muito xarope para tosse e um acidente com spray de pimenta) uma aventura por terras desconhecidas, aliada a obrigação de carregar uma enorme bagagem, literal e psíquica, da qual nossos heróis, depois de alguns rituais adaptados, conseguem feliz e excitantemente, se livrar. Que alívio! As cores são lindas e a maneira esdrúxula de ver o mundo daquela família me fez repensar os meus próprios encontros familiares. Mas, mais do que qualquer outra coisa, o filme nos deixa entretidos, é cheio de surpresas e participações especiais que, de acordo com a atmosfera da película, não fazem o menor sentido no primeiro momento. Foi uma surpresa gostosa!

viernes, 16 de noviembre de 2007

O Magnata

Bom, em primeiro lugar tenho que confessar que entrei na sala com as expectativas lá em baixo. Eu esperava ver o pior filme do ano alí na telona. E, como de costume nessas situações, não foi assim. Claro que o orçamento e a contribuição de grandes profissionais do cine ajudaram a levantar a película. A história é normal, uma sequência de planos bem cliches, a atuação da maioria dos personagens é pobre mas, no final, o filme nos deixa entretidos. O maior pecado, na minha opinião, foi enfiarem uma animação que nada tem a ver com nada no meio da história. De repente, somos jogados numa mescla de desenho animado moderno e video-game e, o que era pra ser uma viagem do protagonista, se transforma numa desculpa mal contada para a aparição do D2 e, provavelmente, uma ajuda para algum desenhista ou animador amigo do Chorão. Além disso, achei uma pena os roteiristas, entre eles Braulio Mantovani, terem se deixado levar pelo caminho mais fácil na hora de explicar o porque do comportamento do Magnata. A situação "mãe alcoolatra, pai falecido e muita grana" já foi reinventada um milhão de vezes e, dessa vez em particular, poderia ter sido melhor explorada. Mas, ver o Paulinho Vilhena em tamanho família foi tão gostoso que eu quase esqueci dessa parte. Uma coisa interessante e que poderia ter sido mais enfatizada foi o diálogo entre o protagonista e a sua própria consciência, nesse caso, o Marcelo Nova. Isso quebrou um pouco o ritmo frenético do filme e, de forma divertida mostrou o lado mais humano do personagem. Só não entendi como ele pode estar contando a própria história, mais velho, se (QUEM NAO VIU O FILME QUE PULE ESSA LINHA) ele morre no final. Fiquei com essa dúvida. De quem é o ponto de vista? Em resumo, as imagens são bonitas, a história sem surpresas...para um filme de auto-promoção do Charlie Brown até que poderia ter sido pior. Relendo tudo isso me peguei pensando: que coisa, será que estamos tão acostumados com a decepção (e segurança) do "extremamente previsível" que acabamos nivelando as nossas opiniões "por baixo" como dizem por aí? Acho que caí na armadilha...

viernes, 9 de noviembre de 2007

December Boys (Um Verao Para Toda Vida)

Fui sem grandes expectativas, talvez por isso eu tenha me surpreendido. O filme é simples, pequeno, mas interessante. Bem na levada australiana. Acho que o que mais me satisfez foi o fato de que apesar de ser uma história sobre meninos novinhos, que normalmente aprontam, criam situações problemáticas e acabam se prejudicando por isso, nenhum deles fez o bastante para abalar as relações com os mais velhos ou mesmo entre eles. Em momento algum fiquei com raiva da atitude dos pequenos. Diferente do que normalmente acontece nos filmes com crianças, eles se comportaram muito bem, e apesar disso a história continuou emocionante. O mais difícil foi conseguir desvincular a figura do Harry Potter do nosso ator principal e, seguindo essa linha, acreditar que com aquele corpo e pelos nas pernas ele ainda não tinha dezoito anos, a idade limite para viver no orfanato. Deixando esses pequenos detalhes de lado, foi uma surpresa agradável.

lunes, 10 de septiembre de 2007

Cidade dos Homens

O filme é uma delícia de assistir. O ritmo é gostoso, as cenas são lindas, os atores são bons. Como eu não vi a série, fica mais difícil comentar. A única coisa que me incomodou um pouco foi a falta de um propósito para a história toda. Senti como se o roteiro fosse só uma desculpa para fazer um filme e não uma história que precisasse ser contada. Vale a pena num domingo preguiçoso. E, talvez, se eu estivesse interada, poderia ter escrito mais sobre a pelicula.

viernes, 10 de agosto de 2007

Saneamento Básico

Eu sou fã dos filmes simples. Não acho que seja necessário muito pra contar bem uma história. Mas nesse caso faltou bastante. Pra ser muito sincera, eu nem sei dizer exatamente o que me incomodou mais. Se foram os figurinos que não tinham muito a ver com a locação, se foram as falas dubladas (a voz fala uma coisa e a imagem outra), o sotaque falso dos velhos italianos, os passeios sem nexo do pai da Fernanda Torres pela floresta. O final sem dúvidas me deixou decepcionada. É uma pena porque a história é interessante e o nome do filme também. Claro que dei risada e até me emocionei um pouco, mas não acreditei no que estava vendo nem por um minuto. Eu sabia o tempo todo que todos alí na telona estavam mentindo pra mim. E, uma última pergunta: era realmente necessário colocar a Camila Pitanga tirando a roupa no final? Pra mim estava muito mais interessante antes de ver a cena por inteiro.

lunes, 6 de agosto de 2007

Derecho de Familia

O filme é cheio de momentos emocionantes. O menininho, filho do protagonista, já faz valer a ida ao cinema. Pena que o diretor não soube dosar a quantidade de informação e acabou enfiando tudo o que queria mostrar ali. Há coisas que valeriam mais a pena esconder. Ele parece estar se justificando o tempo inteiro. Além disso, é engraçado ver como o tema do relacionamento pai-filho é recorrente nos filmes de Daniel Burman. Isso me incomodou um pouco. São inclusive os mesmos atores de Abraço Partido e me deu a sensação de que é só isso que ele sabe fazer. Claro que pode ter sido (e isso é o mais provável) a escolha dele, fazer as coisas parecidas. Mas eu senti como se estivesse fazendo parte de uma sessão de terapia. O filme me pareceu tão pessoal, feito exclusivamente pra resolver um problema dele com ele mesmo e não pra entreter as pessoas que estão ali assistindo. Mesmo assim tem uma levada divertida. Talvez num dia de bobeira...

jueves, 26 de julio de 2007

Two Days in Paris

Rápido. Real. Divertido. O filme mostra que todos temos um lado bom e um ruim. Tira um sarro da cultura americana e francesa, sem perder a compostura. Os diálogos são super divertidos, mesmo vendo o filme em frances sem legenda eu rolei de rir. As imagens verdadeiras. Não esconde nada, mas ao mesmo tempo não entrega tudo de uma vez. É difícil escolher pra quem torcer. É difícil até saber se torcemos pra eles ficarem juntos no final ou não. Pelo menos me tranquilizou a sensação de que as brigas de namorado são sempre um pouco parecidas. Esse vai e vem é comum. Todos temos dúvidas, falamos besteira, temos segredos. É a primeira vez que vejo um filme de Julie Delpy. A película inteira é a cara dela. Senti como se estivesse ouvindo a história da sua própria boca, e de uma certa maneira eu estava mesmo. Adorei.

Ladrones

Já faz tempo que vi o filme, tenho que fazer uma forcinha pra recordar tudo. Lembro da sensação gostosa que ficou quando as letrinhas começaram a subir pela tela. É simples, barato e bem feito. Bem o meu tipo de filme. Os atores são super jovens, mas nao deixam nada a desejar, futuras promessas do cine espanhol. É o primeiro longa de Jaime Marqués e, apesar de deixar claro que ele bebeu da fonte dos grandes mestres, como Bresson (Pickpocket) e outros, o filme tem originalidade. Especialmente no que se trata da história de amor. Nos pega de surpresa. Os diálogos também tem forte influencia do cine espanhol. Outra vez ponto pro diretor. É só sentar e deixar a história rolar. Vale a pena!

martes, 19 de junio de 2007

La Vida Secreta de las Palabras

A linguagem é diferente. O tempo passa rápido, mas da pra perceber o desenvolvimento das relações entre os personagens. O que mais me impressionou foi a intensidade das emoções produzida por imagens tão simples. Fui pega de surpresa! Achei interessante como numa co-produção, com tantos países envolvidos e que normalmente costuma ser meio sem sal, a influência espanhola se fez quase onipotente. Gostei. Além disso, o fato da diretora fazer a câmera dá ao filme um tom mais pessoal, quase como se ela mesma tivesse contando a historia, ali, bem na nossa frente. Claro que numa película de Isabel Coixet não poderia faltar os diálogos em off. Essa parte me deixou um pouco confusa. Acho que preciso assistir outra vez. Mesmo assim, é fácil entrar na história... Relendo o que acabei de escrever, me dei conta de que por mais que tentemos expressar os sentimentos produzidos pelas imagens, as palavras nunca farão jus à emoção proporcionada pela telona, nem ao trabalho empregado em cada uma dessas produções. Ainda há tantos aspectos do filme dos quais eu queria falar. Dos atores, das cores, do fato de tudo passar num ambiente tão inóspito, do cozinheiro espanhol, dos vinte e cinco milhões de ondas... Agora, mais do que nunca, entendi o porque do nome do filme. Em resumo, vale a pena.

domingo, 10 de junio de 2007

Rosso come il cielo

Não tenho palavras. É fechar os olhos, aguçar os ouvidos e deixar as lágrimas rolarem. Uma delícia! Do começo ao fim o filme é uma fantasia bem real que nos aquece o coração e nos faz ver tudo de bom que deixamos de lado enquanto vivendo a vida normal, o dia a dia. Comecei pensando "pobre menino cego" e terminei com a certeza de que pobre somos nós que deixamos escapar as sensações mais simples e, ao mesmo tempo, mais intensas que a vida nos proporciona. O filme despertou em mim a vontade de redescobrir as coisas por outros caminhos. Recobrar a inocencia infantil e curtir a vida como ela é. Por inteiro. Em todos os sentidos. A língua também ajuda, é impressionante como os diálogos em italiano adicionam uma emoção à história. Adorei.

lunes, 4 de junio de 2007

TranSylvania

Ainda nao consegui formar uma opinião sobre o filme. Ri nas horas erradas. Quase chorei outras vezes. Senti o desespero da personagem de Asia Argento mas, ainda nao me convenci do porque das escolhas dela. Tive a sensação de que, na realidade, tudo foi um experimento. Gostei bastante de como Tony Gatlif joga com a origem dos personagens. Nao dá pra saber exatamente a nacionalidade deles, nem mesmo o tipo de relacionamento que eles tem. Ao mesmo tempo, isso deixa entretido e confuso o espectador desavisado, como eu ontem a noite, que sempre tende a formar uma linha de raciocínio pra filtrar as informações cedidas pelo autor da história. A busca pelas raízes e pela identidade é tema corrente nos filmes de Gatlif. Tanto nesse, quanto em Exílios, a música assume um papel importantíssimo nessa jornada. Mas, sou obrigada a admitir que dessa vez o diretor ultrapassou meus limites. Nao quero ouvir falar em música típica romena por algum tempo. De qualquer maneira, fiquei impressionada com a versatilidade da atriz. De Triplo X a cigana poliglota ela não deixa nada a desejar. Birol Uniel também sempre me diverte. Vi poucos filmes com ele e os papéis são sempre muito parecidos. Apesar de grotescos são graciosos e comoventes. Sempre interessantes. Pra concluir, o filme é curioso. Ainda nao consigo falar nada mais concreto. Por enquanto, fico com Exílios.

lunes, 28 de mayo de 2007

Pirates of the Caribean: At World's End

Outro blockbuster no terceiro volume, outra decepção. A verdade é que eu fiquei entediada durante o filme. Isso é praticamente impossível quando se tratando de uma produção como essa, ainda mais com a aparição "surpresa" de Keith Richards, num papel feito sob encomenda pra esse imortal do rock. Mas é a realidade. Não posso deixar de admitir que o filme tem cenas interessantes, diferentes, que me chamaram a atenção. Coisas novas, experimentais até pro cinema hollywoodiano. Um inferno todo branco, closes super diferentes, cores com as quais nao estamos acostumados. No começo fiquei impressionada e divertida. Mas são tantos acordos, tantas viradas, tanta informação que acabei me perdendo e as cenas de batalha ficaram sem sentido pra mim. Muita coisa acontece e muito rapido. Parece que quiseram enfiar surpresas atrás de surpresas pra deixar o espectador entretido mas isso acabou me confundindo e produzindo o efeito contrário. Sem falar na mensagem clara de que o quarto episódio já está engatilhado. Na telona vale pelos efeitos e por todas aquelas cenas diferentes. Mas acho que o sofá seria a escolha certa pra passar essas tres horas na companhia do Captain Jack Sparrow.

domingo, 20 de mayo de 2007

Joe versus the Volcano

Calma, calma! Eu ainda nao enlouqueci. Culpe a ressaca e as saídas a noite para ver o Moby tocar… Nunca tinha parado para prestar atencao nesse filme. Ainda mais com esse nome e esse cartaz. Mas, como dependia da programacao estranha da televisao española, eu nao tinha outra opcao essa tarde. Nem cogitava a hipótese de sair de casa depois da festa de ontem, entao resolvi aceitar a companhia de Joe Banks por uma hora e meia e ver até aonde ele poderia me levar. Me surpreendi. Foi muito mais interessante do que eu podia imaginar. Cenas lindas, bem planejadas e divertidas. A iniciante Meg Ryan em vários papéis e corpos diferentes. Um Tom Hanks novinho seguindo a trajetória, no estilo conto de fadas, de um homem normal que se torna herói ao confrontar sua própria mortalidade. A história surreal faz com que a gente perdoe e até goste dos decorados mal feitos e todas as outras falsidades que vencem a producao e aparecem descaradamente. Para os curiosos... USA, 1990. Dir.: John Patrick Shanley. Eu nunca tinha visto nada desse diretor. Pelo que pesquisei ele é roteirista de televisao e nunca fez outro filme. Volto a dizer: sessao da tarde! Mas com um tempero diferente. Eu aproveitei.

viernes, 18 de mayo de 2007

Delirious

Sou suspeita para falar desse filme. Isso porque os protagonistas sao dois dos meus atores favoritos. Só por ve-los alí na telona já vale a pena. A cena inicial é uma delicia, a música, os angulos, me diverti desde o primeiro minuto. Mesmo assim tenho que admitir que o comeco é um pouco confuso, nao da para saber exatamente o que a historia quer contar, quem é o protagonista. Mas tudo isso é perdoável. Afinal, Steve Buscemi nos deixa entretidos, como de costume, durante as duas horas. Todos os personagens que estao alí sao nossos bons conhecidos, nao há nada de novo, nada muito diferente. Mas, por mais estereotipados que sejam esses personagens, ainda sim eles nos surpreendem com atitudes completamente desconcertantes, como um atentado suicida ou uma declaracao de amor inesperada. Essa é a graca do filme. Gente que de tao normal se torna rara. E ainda, eu acredito que o fato do filme se chamar Delirious funciona como uma desculpa para a história cliche. Nos avisa que Tom Dicillo vai por esse caminho normal para fazer a crítica a vida ordinária.

martes, 15 de mayo de 2007

Les Amants Régulieres

Eu fico pensando: o que exatamente as pessoas consideram um filme? Me pergunto isso porque enquanto estava no cinema, aproveitando cada fotograma em preto e branco, pouco a pouco as pessoas foram se levantando e saindo, até que a sala ficou quase vazia. Abandonar um filme na metade é uma coisa que eu nao consigo fazer. Ja tentei. Mas há tanto trabalho e dinheiro envolvido nisso que nao é possível que tudo tenha sido em vao. Fico curiosa para saber até onde a história vai chegar. O que vai acontecer. E, ainda, porque os envolvidos resolveram investir um porcao das suas vidas alí. Entao, quando percebi que a cada minuto havia menos gente no cinema me perguntei o que aquelas pessoas estavam esperando quando entraram alí. Entretenimento? O escurinho do cinema para aproveitar o namorado? Matar o tempo? Tudo isso o filme tinha para oferecer, com a vantagem da fotografia maravillosa e da historia emocionante, cheia de referencias a saudosa nouvelle vague. Entao, qual era o problema? As tres horas? As acao lenta e datalhista? Ou simplesmente o fato de que o filme nao seguia a convencao? De qualquer maneira é uma pena que alguns nao conseguiram chegar até o final. Para mim, Philippe Garrel escreveu uma história de amor bonita e intensa. Vale a pena se entregar, viver essa experiencia com os personagens e aproveitar o visual. Mas aquí fica a questao… O que esperamos quando entramos no cinema? E ainda, o que é mais legal? O alcance das nossas expectativas ou a surpresa? Tá certo que em alguns casos a surpresa pode ser ruim, mas mesmo assim ela é inquietante, nos faz pensar. Ou nao?

sábado, 12 de mayo de 2007

Paris, je t aime

Saí do cinema feliz. Apaixonada. Realmente os filmes conseguem transmitir a atmosfera da Paris romantica. A cada historia aumenta a vontade de estar naquela cidade e experimentar o que ela tem a oferecer por conta propria. Cada curta tem uma levada diferente e é muito interesante ver como cada diretor concebe o amor, a cidade, as relacoes humanas. É uma pena que a fatia brasileira da película, dirigida por Walter Salles, peque pela falta de criatividade. Na tentativa de fazer uma critica mais social o diretor se deixou levar pelo caminho mais conhecido e acabou fazendo mais do mesmo. Mesmo assim, pelo que pesquisei por aquí, o filme agradou o publico europeu. Meu preferido foi o de Pigalle, do Richard LaGravanese. Vale super a pena. Passei o resto do dia contente!

martes, 8 de mayo de 2007

The Fountain

Passei uma hora tentando entender o que estava acontecendo e uma hora tentando aceitar que nao iria entender mesmo. Alguém que tenha visto o filme pode me explicar quem é o Hugh Jackman meditando dentro da bola com a árvore no espaco? E o que ele foi fazer na España medieval bem na hora que o Hugh Jackman conquistador precisava de salvacao? Tá, misturaram a ficcao do livro com a realidade do Hugh Jackman médico pesquisador, isso eu entendi. Mas estou até agora tentando encontrar sentido no H. J. careca que passa o filme inteiro voando e tendo alucinacoes dentro de uma bolha, com a arvore da vida, no espaco. E ainda, o que aconteceu com o conquistador que virou planta? Além disso, de onde saiu a personagem da Rachel Weiss? De onde veio o interesse todo na sociedade Maia, na Espanha, na árvore da vida? Qual a relacao dela com tudo isso? Ela é só uma curiosa? Até meu texto ta confuso. Nao entendi. Depois de Requiem For a Dream e Pi eu confesso que esperava outra coisa de Darren Aronofsky.

domingo, 6 de mayo de 2007

La Mome (La Vie en Rose - Edith Piaf)

Encontrar as palavras exatas para descrever o que eu senti nessas duas horas e vinte minutos é complicado. Apesar de ter uma levada aburrida, muito descritiva principalmente por abordar a vida inteira da personagem, a historia é emocionante. A atuacao de Marion Cotillard é um dos trunfos da película. Fiquei impressionada e, mesmo com todos os cambios de humor e atitudes inesperadas da Menina Piaf, nao duvidei do que vi nem por um minuto. Ainda mais com o embalo das cancoes tao familiares, que, obviamente, assumem um papel protagonista na historia. Para mim, o ponto culminante da experiencia foi ouvir pela primeira vez Rien de Rien. De repente senti como se tudo o que tinha visto na telona até entao fizesse sentido, a música funcionou como um sumário do filme, assim como deve ter funcionado como um resumo da vida de la Mome. Vale a pena.

sábado, 5 de mayo de 2007

Suzhou River

China, 2000, 35 mm, 83 min. Director: LOU YE Esse filme me surpreeendeu. Simples, bonito, entretaining. Uma história romantica, com toques de suspense e fantasia. Claro que há alguns defeitos, mas acho que todos sao perdoáveis. Em alguns momentos me senti um pouco enganada. Mas a verdade é que me deixei enganar, e aproveitei cada instante. É impressionante o que a criatividade pode fazer com pouquíssimos recursos. Vale a pena.

Spiderman III

Para inaugurar a discussao nada melhor que um Blockbuster no dia da estréia. Spiderman III. Realmente o nosso conhecido, friendly neighborhood, está mais sombrio. Infelizmente, o que realca essa mudanca é somente a maquiagem e o cabelo. Fizeram do nosso heroi um ídolo emo core, com direito a lapis no olho e rebolado na balada. Demasiado esforco pra mostrar o cambio na personalidade de Peter Parker. Além disso, uma sucessao de diálogos explicativos e óbvios faz com que a gente passe alguns apuros, a velha e conhecida vergonha alheia. Algumas vezes me surpreendi pensando: Pra que? Nao precisava! Pra completar, uma cena fenomenal do homem aranha fazendo pose em frente a uma enorme bandeira norteamericana (que eu até agora me pergunto de onde saiu) fecha a sequencia final de luta. A glória americana. Mesmo assim, nao posso negar que as duas horas e meia passaram rápido. Torci do fundo do coracao para que ele conseguisse reconquistar a M.J. e vencer todos os viloes, que sao muitos. E, dessa vez, a vitoria teve um sabor diferente. O homem aranha nao venceu pela forca ou habilidade fisica e sim pela compaixao e através do diálogo. Apesar de ser um pouco exagerado foi mais interessante ver esse outro lado da briga entre o bem e o mal. Se é que existe bem e mal. Parece que no fim das contas todos agimos conforme as circunstancias, como a vida nos obriga. Sem esquecer de deixar as portas abertas para um próximo capítulo...