lunes, 28 de mayo de 2007

Pirates of the Caribean: At World's End

Outro blockbuster no terceiro volume, outra decepção. A verdade é que eu fiquei entediada durante o filme. Isso é praticamente impossível quando se tratando de uma produção como essa, ainda mais com a aparição "surpresa" de Keith Richards, num papel feito sob encomenda pra esse imortal do rock. Mas é a realidade. Não posso deixar de admitir que o filme tem cenas interessantes, diferentes, que me chamaram a atenção. Coisas novas, experimentais até pro cinema hollywoodiano. Um inferno todo branco, closes super diferentes, cores com as quais nao estamos acostumados. No começo fiquei impressionada e divertida. Mas são tantos acordos, tantas viradas, tanta informação que acabei me perdendo e as cenas de batalha ficaram sem sentido pra mim. Muita coisa acontece e muito rapido. Parece que quiseram enfiar surpresas atrás de surpresas pra deixar o espectador entretido mas isso acabou me confundindo e produzindo o efeito contrário. Sem falar na mensagem clara de que o quarto episódio já está engatilhado. Na telona vale pelos efeitos e por todas aquelas cenas diferentes. Mas acho que o sofá seria a escolha certa pra passar essas tres horas na companhia do Captain Jack Sparrow.

domingo, 20 de mayo de 2007

Joe versus the Volcano

Calma, calma! Eu ainda nao enlouqueci. Culpe a ressaca e as saídas a noite para ver o Moby tocar… Nunca tinha parado para prestar atencao nesse filme. Ainda mais com esse nome e esse cartaz. Mas, como dependia da programacao estranha da televisao española, eu nao tinha outra opcao essa tarde. Nem cogitava a hipótese de sair de casa depois da festa de ontem, entao resolvi aceitar a companhia de Joe Banks por uma hora e meia e ver até aonde ele poderia me levar. Me surpreendi. Foi muito mais interessante do que eu podia imaginar. Cenas lindas, bem planejadas e divertidas. A iniciante Meg Ryan em vários papéis e corpos diferentes. Um Tom Hanks novinho seguindo a trajetória, no estilo conto de fadas, de um homem normal que se torna herói ao confrontar sua própria mortalidade. A história surreal faz com que a gente perdoe e até goste dos decorados mal feitos e todas as outras falsidades que vencem a producao e aparecem descaradamente. Para os curiosos... USA, 1990. Dir.: John Patrick Shanley. Eu nunca tinha visto nada desse diretor. Pelo que pesquisei ele é roteirista de televisao e nunca fez outro filme. Volto a dizer: sessao da tarde! Mas com um tempero diferente. Eu aproveitei.

viernes, 18 de mayo de 2007

Delirious

Sou suspeita para falar desse filme. Isso porque os protagonistas sao dois dos meus atores favoritos. Só por ve-los alí na telona já vale a pena. A cena inicial é uma delicia, a música, os angulos, me diverti desde o primeiro minuto. Mesmo assim tenho que admitir que o comeco é um pouco confuso, nao da para saber exatamente o que a historia quer contar, quem é o protagonista. Mas tudo isso é perdoável. Afinal, Steve Buscemi nos deixa entretidos, como de costume, durante as duas horas. Todos os personagens que estao alí sao nossos bons conhecidos, nao há nada de novo, nada muito diferente. Mas, por mais estereotipados que sejam esses personagens, ainda sim eles nos surpreendem com atitudes completamente desconcertantes, como um atentado suicida ou uma declaracao de amor inesperada. Essa é a graca do filme. Gente que de tao normal se torna rara. E ainda, eu acredito que o fato do filme se chamar Delirious funciona como uma desculpa para a história cliche. Nos avisa que Tom Dicillo vai por esse caminho normal para fazer a crítica a vida ordinária.

martes, 15 de mayo de 2007

Les Amants Régulieres

Eu fico pensando: o que exatamente as pessoas consideram um filme? Me pergunto isso porque enquanto estava no cinema, aproveitando cada fotograma em preto e branco, pouco a pouco as pessoas foram se levantando e saindo, até que a sala ficou quase vazia. Abandonar um filme na metade é uma coisa que eu nao consigo fazer. Ja tentei. Mas há tanto trabalho e dinheiro envolvido nisso que nao é possível que tudo tenha sido em vao. Fico curiosa para saber até onde a história vai chegar. O que vai acontecer. E, ainda, porque os envolvidos resolveram investir um porcao das suas vidas alí. Entao, quando percebi que a cada minuto havia menos gente no cinema me perguntei o que aquelas pessoas estavam esperando quando entraram alí. Entretenimento? O escurinho do cinema para aproveitar o namorado? Matar o tempo? Tudo isso o filme tinha para oferecer, com a vantagem da fotografia maravillosa e da historia emocionante, cheia de referencias a saudosa nouvelle vague. Entao, qual era o problema? As tres horas? As acao lenta e datalhista? Ou simplesmente o fato de que o filme nao seguia a convencao? De qualquer maneira é uma pena que alguns nao conseguiram chegar até o final. Para mim, Philippe Garrel escreveu uma história de amor bonita e intensa. Vale a pena se entregar, viver essa experiencia com os personagens e aproveitar o visual. Mas aquí fica a questao… O que esperamos quando entramos no cinema? E ainda, o que é mais legal? O alcance das nossas expectativas ou a surpresa? Tá certo que em alguns casos a surpresa pode ser ruim, mas mesmo assim ela é inquietante, nos faz pensar. Ou nao?

sábado, 12 de mayo de 2007

Paris, je t aime

Saí do cinema feliz. Apaixonada. Realmente os filmes conseguem transmitir a atmosfera da Paris romantica. A cada historia aumenta a vontade de estar naquela cidade e experimentar o que ela tem a oferecer por conta propria. Cada curta tem uma levada diferente e é muito interesante ver como cada diretor concebe o amor, a cidade, as relacoes humanas. É uma pena que a fatia brasileira da película, dirigida por Walter Salles, peque pela falta de criatividade. Na tentativa de fazer uma critica mais social o diretor se deixou levar pelo caminho mais conhecido e acabou fazendo mais do mesmo. Mesmo assim, pelo que pesquisei por aquí, o filme agradou o publico europeu. Meu preferido foi o de Pigalle, do Richard LaGravanese. Vale super a pena. Passei o resto do dia contente!

martes, 8 de mayo de 2007

The Fountain

Passei uma hora tentando entender o que estava acontecendo e uma hora tentando aceitar que nao iria entender mesmo. Alguém que tenha visto o filme pode me explicar quem é o Hugh Jackman meditando dentro da bola com a árvore no espaco? E o que ele foi fazer na España medieval bem na hora que o Hugh Jackman conquistador precisava de salvacao? Tá, misturaram a ficcao do livro com a realidade do Hugh Jackman médico pesquisador, isso eu entendi. Mas estou até agora tentando encontrar sentido no H. J. careca que passa o filme inteiro voando e tendo alucinacoes dentro de uma bolha, com a arvore da vida, no espaco. E ainda, o que aconteceu com o conquistador que virou planta? Além disso, de onde saiu a personagem da Rachel Weiss? De onde veio o interesse todo na sociedade Maia, na Espanha, na árvore da vida? Qual a relacao dela com tudo isso? Ela é só uma curiosa? Até meu texto ta confuso. Nao entendi. Depois de Requiem For a Dream e Pi eu confesso que esperava outra coisa de Darren Aronofsky.

domingo, 6 de mayo de 2007

La Mome (La Vie en Rose - Edith Piaf)

Encontrar as palavras exatas para descrever o que eu senti nessas duas horas e vinte minutos é complicado. Apesar de ter uma levada aburrida, muito descritiva principalmente por abordar a vida inteira da personagem, a historia é emocionante. A atuacao de Marion Cotillard é um dos trunfos da película. Fiquei impressionada e, mesmo com todos os cambios de humor e atitudes inesperadas da Menina Piaf, nao duvidei do que vi nem por um minuto. Ainda mais com o embalo das cancoes tao familiares, que, obviamente, assumem um papel protagonista na historia. Para mim, o ponto culminante da experiencia foi ouvir pela primeira vez Rien de Rien. De repente senti como se tudo o que tinha visto na telona até entao fizesse sentido, a música funcionou como um sumário do filme, assim como deve ter funcionado como um resumo da vida de la Mome. Vale a pena.

sábado, 5 de mayo de 2007

Suzhou River

China, 2000, 35 mm, 83 min. Director: LOU YE Esse filme me surpreeendeu. Simples, bonito, entretaining. Uma história romantica, com toques de suspense e fantasia. Claro que há alguns defeitos, mas acho que todos sao perdoáveis. Em alguns momentos me senti um pouco enganada. Mas a verdade é que me deixei enganar, e aproveitei cada instante. É impressionante o que a criatividade pode fazer com pouquíssimos recursos. Vale a pena.

Spiderman III

Para inaugurar a discussao nada melhor que um Blockbuster no dia da estréia. Spiderman III. Realmente o nosso conhecido, friendly neighborhood, está mais sombrio. Infelizmente, o que realca essa mudanca é somente a maquiagem e o cabelo. Fizeram do nosso heroi um ídolo emo core, com direito a lapis no olho e rebolado na balada. Demasiado esforco pra mostrar o cambio na personalidade de Peter Parker. Além disso, uma sucessao de diálogos explicativos e óbvios faz com que a gente passe alguns apuros, a velha e conhecida vergonha alheia. Algumas vezes me surpreendi pensando: Pra que? Nao precisava! Pra completar, uma cena fenomenal do homem aranha fazendo pose em frente a uma enorme bandeira norteamericana (que eu até agora me pergunto de onde saiu) fecha a sequencia final de luta. A glória americana. Mesmo assim, nao posso negar que as duas horas e meia passaram rápido. Torci do fundo do coracao para que ele conseguisse reconquistar a M.J. e vencer todos os viloes, que sao muitos. E, dessa vez, a vitoria teve um sabor diferente. O homem aranha nao venceu pela forca ou habilidade fisica e sim pela compaixao e através do diálogo. Apesar de ser um pouco exagerado foi mais interessante ver esse outro lado da briga entre o bem e o mal. Se é que existe bem e mal. Parece que no fim das contas todos agimos conforme as circunstancias, como a vida nos obriga. Sem esquecer de deixar as portas abertas para um próximo capítulo...