martes, 19 de junio de 2007

La Vida Secreta de las Palabras

A linguagem é diferente. O tempo passa rápido, mas da pra perceber o desenvolvimento das relações entre os personagens. O que mais me impressionou foi a intensidade das emoções produzida por imagens tão simples. Fui pega de surpresa! Achei interessante como numa co-produção, com tantos países envolvidos e que normalmente costuma ser meio sem sal, a influência espanhola se fez quase onipotente. Gostei. Além disso, o fato da diretora fazer a câmera dá ao filme um tom mais pessoal, quase como se ela mesma tivesse contando a historia, ali, bem na nossa frente. Claro que numa película de Isabel Coixet não poderia faltar os diálogos em off. Essa parte me deixou um pouco confusa. Acho que preciso assistir outra vez. Mesmo assim, é fácil entrar na história... Relendo o que acabei de escrever, me dei conta de que por mais que tentemos expressar os sentimentos produzidos pelas imagens, as palavras nunca farão jus à emoção proporcionada pela telona, nem ao trabalho empregado em cada uma dessas produções. Ainda há tantos aspectos do filme dos quais eu queria falar. Dos atores, das cores, do fato de tudo passar num ambiente tão inóspito, do cozinheiro espanhol, dos vinte e cinco milhões de ondas... Agora, mais do que nunca, entendi o porque do nome do filme. Em resumo, vale a pena.

domingo, 10 de junio de 2007

Rosso come il cielo

Não tenho palavras. É fechar os olhos, aguçar os ouvidos e deixar as lágrimas rolarem. Uma delícia! Do começo ao fim o filme é uma fantasia bem real que nos aquece o coração e nos faz ver tudo de bom que deixamos de lado enquanto vivendo a vida normal, o dia a dia. Comecei pensando "pobre menino cego" e terminei com a certeza de que pobre somos nós que deixamos escapar as sensações mais simples e, ao mesmo tempo, mais intensas que a vida nos proporciona. O filme despertou em mim a vontade de redescobrir as coisas por outros caminhos. Recobrar a inocencia infantil e curtir a vida como ela é. Por inteiro. Em todos os sentidos. A língua também ajuda, é impressionante como os diálogos em italiano adicionam uma emoção à história. Adorei.

lunes, 4 de junio de 2007

TranSylvania

Ainda nao consegui formar uma opinião sobre o filme. Ri nas horas erradas. Quase chorei outras vezes. Senti o desespero da personagem de Asia Argento mas, ainda nao me convenci do porque das escolhas dela. Tive a sensação de que, na realidade, tudo foi um experimento. Gostei bastante de como Tony Gatlif joga com a origem dos personagens. Nao dá pra saber exatamente a nacionalidade deles, nem mesmo o tipo de relacionamento que eles tem. Ao mesmo tempo, isso deixa entretido e confuso o espectador desavisado, como eu ontem a noite, que sempre tende a formar uma linha de raciocínio pra filtrar as informações cedidas pelo autor da história. A busca pelas raízes e pela identidade é tema corrente nos filmes de Gatlif. Tanto nesse, quanto em Exílios, a música assume um papel importantíssimo nessa jornada. Mas, sou obrigada a admitir que dessa vez o diretor ultrapassou meus limites. Nao quero ouvir falar em música típica romena por algum tempo. De qualquer maneira, fiquei impressionada com a versatilidade da atriz. De Triplo X a cigana poliglota ela não deixa nada a desejar. Birol Uniel também sempre me diverte. Vi poucos filmes com ele e os papéis são sempre muito parecidos. Apesar de grotescos são graciosos e comoventes. Sempre interessantes. Pra concluir, o filme é curioso. Ainda nao consigo falar nada mais concreto. Por enquanto, fico com Exílios.