viernes, 1 de agosto de 2008

Era Uma Vez...

Era uma vez... um filme táo previsível que me deu a sensação de nem precisar ir ao cinema para me 'enterar' do destino de Dé e Nina. Ok, devo confessar que em alguns momentos eu me deixei levar e foi gostoso. Sorri, me emocionei e torci pelo casal e é essa, na minha opinião, a verdadeira missão do cinema. Mas não posso deixar de comentar que tem muita coisa sobrando na película. Frases explicativas, ações redundantes e diálogos clichês que tiram do filme a sua melhor característica, a sensação de conto de fadas. Eu não preciso que me expliquem tudo, passo a passo, para entender o que acontece. Não preciso de uma apostila e sim de dicas sutis para aproveitar mais a história. Até porque, se não me engano, já ouvimos essa estória há mais de 400 anos, graças ao Sir William. Mesmo assim, as imagens são lindas e os movimentos de câmera me surpreenderam tanto quanto a performance dos heróis. Além disso, eu sei o quão difícil é pensar em tudo isso quando estamos de fato envolvidos num projeto. Aproveitei o programa, a ida ao cinema e o frio na barriga na hora certa. Valeu a pena. Só fico me perguntando porque os nossos filmes frequentemente param por aí, na sessão da tarde. Mesmo sabendo do sacrifício que é fazer cinema no Brasil, me pergunto o que nos impede de ir além e realmente experimentar, nos libertar das histórias clássicas e brasileirinhas para contar as estórias humanas.