viernes, 16 de noviembre de 2007

O Magnata

Bom, em primeiro lugar tenho que confessar que entrei na sala com as expectativas lá em baixo. Eu esperava ver o pior filme do ano alí na telona. E, como de costume nessas situações, não foi assim. Claro que o orçamento e a contribuição de grandes profissionais do cine ajudaram a levantar a película. A história é normal, uma sequência de planos bem cliches, a atuação da maioria dos personagens é pobre mas, no final, o filme nos deixa entretidos. O maior pecado, na minha opinião, foi enfiarem uma animação que nada tem a ver com nada no meio da história. De repente, somos jogados numa mescla de desenho animado moderno e video-game e, o que era pra ser uma viagem do protagonista, se transforma numa desculpa mal contada para a aparição do D2 e, provavelmente, uma ajuda para algum desenhista ou animador amigo do Chorão. Além disso, achei uma pena os roteiristas, entre eles Braulio Mantovani, terem se deixado levar pelo caminho mais fácil na hora de explicar o porque do comportamento do Magnata. A situação "mãe alcoolatra, pai falecido e muita grana" já foi reinventada um milhão de vezes e, dessa vez em particular, poderia ter sido melhor explorada. Mas, ver o Paulinho Vilhena em tamanho família foi tão gostoso que eu quase esqueci dessa parte. Uma coisa interessante e que poderia ter sido mais enfatizada foi o diálogo entre o protagonista e a sua própria consciência, nesse caso, o Marcelo Nova. Isso quebrou um pouco o ritmo frenético do filme e, de forma divertida mostrou o lado mais humano do personagem. Só não entendi como ele pode estar contando a própria história, mais velho, se (QUEM NAO VIU O FILME QUE PULE ESSA LINHA) ele morre no final. Fiquei com essa dúvida. De quem é o ponto de vista? Em resumo, as imagens são bonitas, a história sem surpresas...para um filme de auto-promoção do Charlie Brown até que poderia ter sido pior. Relendo tudo isso me peguei pensando: que coisa, será que estamos tão acostumados com a decepção (e segurança) do "extremamente previsível" que acabamos nivelando as nossas opiniões "por baixo" como dizem por aí? Acho que caí na armadilha...

viernes, 9 de noviembre de 2007

December Boys (Um Verao Para Toda Vida)

Fui sem grandes expectativas, talvez por isso eu tenha me surpreendido. O filme é simples, pequeno, mas interessante. Bem na levada australiana. Acho que o que mais me satisfez foi o fato de que apesar de ser uma história sobre meninos novinhos, que normalmente aprontam, criam situações problemáticas e acabam se prejudicando por isso, nenhum deles fez o bastante para abalar as relações com os mais velhos ou mesmo entre eles. Em momento algum fiquei com raiva da atitude dos pequenos. Diferente do que normalmente acontece nos filmes com crianças, eles se comportaram muito bem, e apesar disso a história continuou emocionante. O mais difícil foi conseguir desvincular a figura do Harry Potter do nosso ator principal e, seguindo essa linha, acreditar que com aquele corpo e pelos nas pernas ele ainda não tinha dezoito anos, a idade limite para viver no orfanato. Deixando esses pequenos detalhes de lado, foi uma surpresa agradável.