viernes, 19 de junio de 2009

Fan Boys (2008)

Faz muito tempo que não escrevo, então resolvi voltar com algo leve e fácil, pra pegar o jeito outra vez. O filme é divertido, outro dessa nova turma de garotos que está tomando conta de Hollywood. Fui assistir por causa do Seth Rogen e do Sam Huntington (o Jam do 'Detroit Rock City', que, apesar de bobinho, me diverte. Eu adoro). Não sou fã do Star Wars, não entendo nada de George Lucas, mas mesmo assim acho que o filme vale a pena. Como a maioria dos road movies, é empolgante, absurdo e engraçado. A sincronia entre os atores é excelente, as tiradas mais inteligentes do que de costume e o motivo mais inusitado. O filme é rápido, e justamente por isso acho que gostei. É daqueles pra ver no domingo a noite, antes de dormir e começar a semana outra vez. Pra lembrar que também já fomos crianças e que isso não está necessariamente em uma galaxy far, far away. Sempre há um jeito de recuperar um pouquinho daquela irresponsabilidade e leveza. Fui dormir mais tranquila e mais feliz.

viernes, 1 de agosto de 2008

Era Uma Vez...

Era uma vez... um filme táo previsível que me deu a sensação de nem precisar ir ao cinema para me 'enterar' do destino de Dé e Nina. Ok, devo confessar que em alguns momentos eu me deixei levar e foi gostoso. Sorri, me emocionei e torci pelo casal e é essa, na minha opinião, a verdadeira missão do cinema. Mas não posso deixar de comentar que tem muita coisa sobrando na película. Frases explicativas, ações redundantes e diálogos clichês que tiram do filme a sua melhor característica, a sensação de conto de fadas. Eu não preciso que me expliquem tudo, passo a passo, para entender o que acontece. Não preciso de uma apostila e sim de dicas sutis para aproveitar mais a história. Até porque, se não me engano, já ouvimos essa estória há mais de 400 anos, graças ao Sir William. Mesmo assim, as imagens são lindas e os movimentos de câmera me surpreenderam tanto quanto a performance dos heróis. Além disso, eu sei o quão difícil é pensar em tudo isso quando estamos de fato envolvidos num projeto. Aproveitei o programa, a ida ao cinema e o frio na barriga na hora certa. Valeu a pena. Só fico me perguntando porque os nossos filmes frequentemente param por aí, na sessão da tarde. Mesmo sabendo do sacrifício que é fazer cinema no Brasil, me pergunto o que nos impede de ir além e realmente experimentar, nos libertar das histórias clássicas e brasileirinhas para contar as estórias humanas.

jueves, 17 de julio de 2008

Romance e Cigarros

Confesso que não sabia o que esperar de um musical dirigido por John Turturro, produzido pelos irmãos Coen e estrelado por James Gandolfini. O que poderia sair da mistura de algo tão delicado quanto a música e a brutalidade singular de cada um desses três nomes? Quando li os créditos na capa do DVD, acrescidos ainda de Christopher Walken e Steve Buscemi (queridinho dos Coen e um dos meus favoritos) não consegui resistir. O filme é interessante, inesperado e diferente. A seleção das músicas completa o clima moderno e, ao mesmo tempo, desesperado da película. Todas as canções performadas são nossas velhas conhecidas e, aliadas às mais comuns dores do ser humano, fazem da história uma caricatura da vida sentimental do homem comum. Todos os personagens do dia-a-dia parecem estar representados ali. É uma viagem curiosa e interessante ao inconsciente do ser social medíocre, presente dentro de cada um de nós. A experiência defintivamente vale a pena!

lunes, 14 de enero de 2008

Across the Universe

Que delícia! Não tenho mais palavras para descrever o que senti vendo o filme. Confesso que não sou muito fã de musicais, mas abri uma exceção para os britânicos mais famosos do mundo. E não me arrependi, nem por um minuto. As participações especiais tornaram tudo ainda mais interessante. Não acreditei nos meus próprios olhos quando percebi que o mendigo, sentado na esquina, cantando "Come Together" era na verdade Joe Cocker, escondidinho atrás de muita barba e cabelos longos, ou num bigode negro, no maior estilo "pimp" dos anos 70. Fiquei empolgadíssima ao encontrar ninguém menos do que Bono Vox, com o maior sotaque americano, guru psicodélico do grupo. Inocente e excitante, para mim, a película parece uma mistura entre "Os Sonhadores" e "Moulin Rouge". Gostosa de assistir. Vale a pena! There's nothing you can do that can't be done. Nothing you can sing that can't be sung. Nothing you can say but you can learn how to play the game It's easy. There's nothing you can make that can't be made. No one you can save that can't be saved. Nothing you can do but you can learn how to be in time It's easy. All you need is love, all you need is love, all you need is love love love Love is all you need!

viernes, 11 de enero de 2008

Meu Nome Não É Johnny

Defitivamente o Selton leva o filme nas costas. E quando digo Selton, tô falando dele mesmo e não do Estrella. A verdade é que as partes mais gostosas e mais interessantes da película vêm de atitudes da pessoa Selton Mello, daquele jeitão estranho, das falas escraxadas e rapidinhas. A história até pode ser interessante, mas tenho certeza de que todo mundo já sabe o que vai acontecer antes de entrar no cinema, então o que vale é a interpretação do nosso protagonista. As brincadeiras na gôndola, as pernoquinhas roliças, o tamanduá bandeira do caralho, o inglês com sotaque, tudo isso compõe a levada gostosa do filme. Dá até pra perdoar a cena do tribunal e a mudança (demasiado) drástica de alguns personagens depois da prisão. A trilha, na minha opinião, é coadjuvante importantíssima. Deliciosa e certeira, na medida do possível. Minha única dúvida é quanto tempo e quantos filmes ainda vamos perdoar simplesmente pelo jeito Selton Mello de ser. Será que daqui a pouco já estaremos de saco cheio dos tiques nervosos ou isso ainda vai ser tão divertido e interessante como agora? Resumindo, vale a pena conferir!

miércoles, 12 de diciembre de 2007

Viagem a Darjeeling

O filme se resume em duas palavras: traveling (sem querer brincar com o título) e casting. Se não fossem exatamente esses três mosqueteiros tudo seria completamente diferente. E, se o movimento de câmera fosse "menos reto", tudo seria muito menos interessante. A química entre os atores é impressionante e a simplicidade dos diálogos e reações deles faz a gente sentir a história muito mais real. O que começa como uma viagem espiritual, em busca do encontro interior e das relações entre eles, acaba virando (depois de analgésicos clandestinos, muito xarope para tosse e um acidente com spray de pimenta) uma aventura por terras desconhecidas, aliada a obrigação de carregar uma enorme bagagem, literal e psíquica, da qual nossos heróis, depois de alguns rituais adaptados, conseguem feliz e excitantemente, se livrar. Que alívio! As cores são lindas e a maneira esdrúxula de ver o mundo daquela família me fez repensar os meus próprios encontros familiares. Mas, mais do que qualquer outra coisa, o filme nos deixa entretidos, é cheio de surpresas e participações especiais que, de acordo com a atmosfera da película, não fazem o menor sentido no primeiro momento. Foi uma surpresa gostosa!

viernes, 16 de noviembre de 2007

O Magnata

Bom, em primeiro lugar tenho que confessar que entrei na sala com as expectativas lá em baixo. Eu esperava ver o pior filme do ano alí na telona. E, como de costume nessas situações, não foi assim. Claro que o orçamento e a contribuição de grandes profissionais do cine ajudaram a levantar a película. A história é normal, uma sequência de planos bem cliches, a atuação da maioria dos personagens é pobre mas, no final, o filme nos deixa entretidos. O maior pecado, na minha opinião, foi enfiarem uma animação que nada tem a ver com nada no meio da história. De repente, somos jogados numa mescla de desenho animado moderno e video-game e, o que era pra ser uma viagem do protagonista, se transforma numa desculpa mal contada para a aparição do D2 e, provavelmente, uma ajuda para algum desenhista ou animador amigo do Chorão. Além disso, achei uma pena os roteiristas, entre eles Braulio Mantovani, terem se deixado levar pelo caminho mais fácil na hora de explicar o porque do comportamento do Magnata. A situação "mãe alcoolatra, pai falecido e muita grana" já foi reinventada um milhão de vezes e, dessa vez em particular, poderia ter sido melhor explorada. Mas, ver o Paulinho Vilhena em tamanho família foi tão gostoso que eu quase esqueci dessa parte. Uma coisa interessante e que poderia ter sido mais enfatizada foi o diálogo entre o protagonista e a sua própria consciência, nesse caso, o Marcelo Nova. Isso quebrou um pouco o ritmo frenético do filme e, de forma divertida mostrou o lado mais humano do personagem. Só não entendi como ele pode estar contando a própria história, mais velho, se (QUEM NAO VIU O FILME QUE PULE ESSA LINHA) ele morre no final. Fiquei com essa dúvida. De quem é o ponto de vista? Em resumo, as imagens são bonitas, a história sem surpresas...para um filme de auto-promoção do Charlie Brown até que poderia ter sido pior. Relendo tudo isso me peguei pensando: que coisa, será que estamos tão acostumados com a decepção (e segurança) do "extremamente previsível" que acabamos nivelando as nossas opiniões "por baixo" como dizem por aí? Acho que caí na armadilha...