viernes, 11 de enero de 2008

Meu Nome Não É Johnny

Defitivamente o Selton leva o filme nas costas. E quando digo Selton, tô falando dele mesmo e não do Estrella. A verdade é que as partes mais gostosas e mais interessantes da película vêm de atitudes da pessoa Selton Mello, daquele jeitão estranho, das falas escraxadas e rapidinhas. A história até pode ser interessante, mas tenho certeza de que todo mundo já sabe o que vai acontecer antes de entrar no cinema, então o que vale é a interpretação do nosso protagonista. As brincadeiras na gôndola, as pernoquinhas roliças, o tamanduá bandeira do caralho, o inglês com sotaque, tudo isso compõe a levada gostosa do filme. Dá até pra perdoar a cena do tribunal e a mudança (demasiado) drástica de alguns personagens depois da prisão. A trilha, na minha opinião, é coadjuvante importantíssima. Deliciosa e certeira, na medida do possível. Minha única dúvida é quanto tempo e quantos filmes ainda vamos perdoar simplesmente pelo jeito Selton Mello de ser. Será que daqui a pouco já estaremos de saco cheio dos tiques nervosos ou isso ainda vai ser tão divertido e interessante como agora? Resumindo, vale a pena conferir!

1 comentario:

Mr. Ante dijo...

Jack Nicholson mexe as sobrancelhas do mesmo jeito há décadas e continua sendo idolatrado. O Selton vai começar a ser criticado mas não por culpa dele.
Por mais que tenham a mesma linha, as atuações funcionam. Deveria bastar, não?
Sou totalmente pró Selton (por enquanto... ahhaha)