
A linguagem é diferente. O tempo passa rápido, mas da pra perceber o desenvolvimento das relações entre os personagens. O que mais me impressionou foi a intensidade das emoções produzida por imagens tão simples. Fui pega de surpresa! Achei interessante como numa co-produção, com tantos países envolvidos e que normalmente costuma ser meio sem sal, a influência espanhola se fez quase onipotente. Gostei. Além disso, o fato da diretora fazer a câmera dá ao filme um tom mais pessoal, quase como se ela mesma tivesse contando a historia, ali, bem na nossa frente.
Claro que numa película de Isabel Coixet não poderia faltar os diálogos em off. Essa parte me deixou um pouco confusa. Acho que preciso assistir outra vez.
Mesmo assim, é fácil entrar na história... Relendo o que acabei de escrever, me dei conta de que por mais que tentemos expressar os sentimentos produzidos pelas imagens, as palavras nunca farão jus à emoção proporcionada pela telona, nem ao trabalho empregado em cada uma dessas produções. Ainda há tantos aspectos do filme dos quais eu queria falar. Dos atores, das cores, do fato de tudo passar num ambiente tão inóspito, do cozinheiro espanhol, dos vinte e cinco milhões de ondas...
Agora, mais do que nunca, entendi o porque do nome do filme. Em resumo, vale a pena.